Utilizando iscas naturais para o finesse fishing

Utilizando iscas naturais para o finesse fishing

Material leve, linhas finas e iscas discretas. As bases do finesse fishing, estilo amplamente utilizado na pesca do black bass com iscas artificiais, também podem ser aplicadas na captura de grandes troféus em pesque-e-pagues, com iscas naturais. Por quê? Muito simples. Peixes como tambaquis, dourados e pintados ficam cada vez mais manhosos à medida que aumenta seu tempo de permanência nos lagos e tanques dos pesqueiros.

Quem nunca passou pelo suspense de assistir um grande peixe chegar a milímetros da isca, perto da superfície, e vê-lo ignorar o engodo oferecido? O motivo pode estar oculto nas escolhas do material utilizado, possivelmente muito “pesado” para o peixe em questão, mesmo que seu porte seja avantajado. Linhas, anzóis, iscas e principalmente bóias podem ser adaptados com sucesso para o estilo finesse de pescar.

1. Linhas: como os conjuntos finesse são invariavelmente muito leves, o ideal para conseguir bons arremessos é usar linha fina, se possível de multifilamento;

2. Líderes/chicotes: o fluorcarbono é tão útil nos pesqueiros quanto em qualquer outro local ou modalidade. Sua já conhecida transparência torna-o muito pouco visível sob a água. E a alta resistência à abrasividade compensa, de certa forma, a não utilização dos empates de aço, que estão entre os maiores responsáveis pelas refugadas dos peixes às iscas;

3. Anzóis: use modelos tão delicados quanto puder, com hastes finas e de preferência pintados em cores neutras, como o preto.

4. Boias e miçangas: essa pescaria costumava ser mais produtiva há alguns anos, mas nos lagos com grande pressão de pesca, seu desempenho caiu. A principal solução encontrada foi aumentar o comprimento do chicote ou líder, para que o peixe não enxergue a bóia. Hoje, é possível encontrar bóias artesanais feitas com material plástico transparente ou de cortiça, muito mais discretas que as tradicionais. Permitem utilizar um curto chicote de poucos centímetros, logo abaixo da bóia.

5. Molinetes ou carretilhas: a segunda opção só é indicada se o pescador já tiver intimidade com o equipamento.

Tambaquis na miçanga

– Boia de cortiça (principal)

– 1 a 1,2 m de líder 0,30 mm, de fluorcarbono

– Boia pequena (auxiliar) de EVA ou isopor

– Miçanga com anzol wide gap número 1

– Com o auxílio de um estilingue próprio para ração, arremesse uma pequena quantidade, e em seguida a bóia, no mesmo local

Dourados e pintados na salsicha boiada

– Conjunto classe 20 libras

– Linha de multifilamento 0,18 mm

– Anzol 2/0 a 4/0 de haste longa, preto

– ½ salsicha (de frango, pois flutua), amarrada com elástico

>> Tilápias e pacus na ração com pinga

– Conjunto leve a médio, classe 12 a 17 libras

– Líder de fluorcarbono 0,20 mm

– Ração embebida em aguardente, com pelo menos 2 horas de antecedência (não umedecer em demasia)

Inf.: Pesca Esportiva

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